Soneto XLIV (Pablo Neruda)
Saberás que não te amo e que te amo posto que de dois modos é a vida, a palavra é uma asa do silêncio, o fogo tem uma metade de frio. Eu te amo para começar a amar-te, para recomeçar o infinito e para...
View ArticlePoema VI (Pablo Neruda)
Te recordo como eras no último outono. Eras a boina cinza e o coração em calma. Em teus olhos pelejavam as chamas do crepúsculo. E as folhas caiam na água de tua alma. Apegada a meus braços como uma...
View ArticleSoneto LXVI (Pablo Neruda)
Não te quero senão porque te quero e de querer-te a não querer-te chego e de esperar-te quando não te espero passa meu coração do frio ao fogo. Te quero só porque a ti te quero, te odeio sem fim, e...
View ArticleA tartaruga (Pablo Neruda)
A tartaruga que andou tanto tempo e tanto viu com seus antigos olhos, a tartaruga que comeu azeitonas do mais profundo mar, a tartaruga que nadou sete séculos e conheceu sete mil primaveras, a...
View ArticlePedras Antárticas (Pablo Neruda)
Ali termina tudo e não termina: ali começa tudo se despedem os rios no gelo, o ar se há casado com a neve, não há ruas nem cavalos e o único edifício o construiu a pedra. Ninguém habita o castelo nem...
View ArticleOde ao gato (Pablo Neruda)
Os animais foram imperfeitos, compridos de rabo, tristes de cabeça. Pouco a pouco se foram compondo, fazendo-se paisagem, adquirindo pintas, graça, voo. O gato, só o gato apareceu completo e orgulhoso:...
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